quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Despertar

Estava escuro. Tudo o que se via eram luzes. Amarelas, vermelhas e azuis. As amarelas andavam de um lado para o outro, as vermelhas piscavam e as azuis permaneciam intactas. Era como se fossem carros passando, mas os meus olhos não se abriam o suficiente para que eu conseguisse entender o que acontecia ao meu redor.

Algo quente escorria na minha cabeça, eu não via a cor, mas era quente. Provavelmente sangue. Mas, sangue? Na minha cabeça? Foi aí que me dei conta de onde estava.

Ao meu redor eu sentia muita terra e um cheiro estranho. Era como algo podre e que um tempo depois descobri ser o cheiro da morte. Tudo estava retorcido, mas nunca saberei explicar o que era o tudo naquele momento. Também descobri o motivo de não conseguir abrir os olhos: tinha terra no meu rosto. Terra junto com o líquido quente (o sangue?).

Então tentei me levantar e me dei conta de que estava embaixo de muita coisa. Afastei uns volumes que prendiam minha mão esquerda e com as duas livres, pude ir tirando todo o resto que me cobria. Eram tijolos, telhas, folhas secas... me limpei o suficiente e saí dali. A rua estava triste de se ver. Não existiam mais casas, prédios ou construção alguma. Nem a que eu estava. Estava tudo em ruínas. Tijolos, ferros, metais, vidros... todos espalhados por todos os lados.

Como era noite, a escuridão reinava. Somente aquelas luzes eram vistas e logo me dei conta de quem não se tratavam de carros. Era uma guerra. Cada vez elas aumentavam mais de intensidade e o ruído era extrondoso. Sempre acompanhados por explosões e fumaças. Mas o silêncio imperava no local. Não se ouvia uma única voz humana e passei a me perguntar se eu era a única critatura viva naquele local.

Comecei a andar e a querer procurar pessoas. Mas, ao mesmo tempo, sentia medo do que poderia encontrar por ali. A cada esquina, imagens novas. Carros completamente destruídos e virados de ponta cabeça como se fossem carrinhos de brinquedo; um ônibus virado de lado, com todas as janelas quebradas e um detalhe importante: Pude notar que as janelas tinham sido arrancadas e não quebradas. Será que os passageiros saíram de lá? Não tive coragem de ir ver e me mantive na minha caminhada.

Vez ou outra me vi interrompendo meus passos devidos as luzes que passavam. Os estrondos eram muito fortes. Doiam dentro de mim. Era como se cada bomba daquela estourasse dentro de cada órgão meu, um a um, e o efeito disso tudo era realmente bem semelhante a isso. Eu estava perdendo minhas forças, meus braços não levantavam mais, minhas pernas tremiam e minha mão que estava presa tinha um ferimento terrível. Eu não conseguia nem olhar para ela.

Chegou um momento em que andar já era uma tarefa impossível. Me encostei em um resto de muro que provavelmente era branco e que agora era marrom e faltavam diversos pedaços em sua superfície. Me peguei tentando entender o que tinha acontecido, onde estavam as pessoas, quem fez aquilo... e de repente tudo ficou branco... e eu já não estava mais ali. Estava em um lugar completamente branco e eu não estava mais suja. Nem ferida. Nem sentindo dores... E após isso, tudo sumiu.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cinco motivos para odiar uma segunda-feira

1- Você sempre acorda com alguma dor e não pode faltar ao trabalho para não pensarem que você está de ressaca.
2 - Tudo o que aconteceu de errado no trabalho durante o fim de semana sobra para você na segunda-feira.
3 - O trânsito é maior. Provavelmente por conta do item 1.
4 - As horas não passam.
5 - Quando passam, você não fica feliz. Ainda tem 04 dias de trabalho até o sábado.

Boa semana (para quem for muito sortudo e consiga esse feito...)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Curiosidades de um país louco

Autor desconhecido

* Um motorista do Senado ganha mais para dirigir um automóvel do que um oficial da Marinha para pilotar uma fragata!
* Um ascensorista da Câmara Federal ganha mais para servir os elevadores da casa, do que um oficial da Força Aérea que pilota um Mirage.
* Um diretor que é responsável pela garagem do Senado ganha mais que um oficial-general do Exército que comanda um regimento de blindados.
* Um diretor sem diretoria do Senado, cujo título é só para justificar o salário, ganha o dobro de um professor universitário federal concursado , com mestrado, doutorado e prestígio internacional.
* Um assessor de 3º nível de um deputado, que também tem esse título para justificar seus ganhos, mas que não passa de um "aspone" ou um mero estafeta de correspondências, ganha mais que um cientista-pesquisador da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com muitos anos de formado, que dedica o seu tempo buscando curas e vacinas para salvar vidas

Ê Brasil!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Mim, Jane.

"Caço para comer e só sobrevivo assim. Caço ou sou caçada. Simples teoria que funciona perfeitamente na prática. Preciso ser mais forte e mais veloz que eles. Para isso, preciso comer. Para comer, preciso correr e ser rápida. Só que ele também é e o meu espaço acabará quando o dele começar. Por que? Porque um dia é da caça e o outro é do caçador. Minhas vantagens competitivas são inúmeras: Tenho dedos polegares, raciocínio lógico e habilidades motoras. Mas não tenho a velocidade nem a ferocidade deles. Isso ainda vai me derrubar. Enquanto isso, sigo na disputa. Tenho sido sempre a mais forte! Não sei até quando..."

Competimos desde a origem da raça humana. Herdamos isso dos nossos ancestrais e apenas os mais fortes sobreviviam. A pergunta que não quer calar é: Isso mudou?

A minha resposta é não! Não mudou e nunca vai mudar!

Vence no mercado de trabalho o mais bem preparado. Vence em uma competição o mais forte. Vence em um concurso o mais inteligente.

Vivemos em uma eterna competição mesmo que indiretamente. Seja com o seu cabelo, com o seu cérebro, com a sua balança, com o seu chefe, com o idioma que está tentando aprender, com aquela recalcada que mora por perto. Temos a competição dentro de nós de forma instintiva e nada mudará isso nos seres humanos. Como bons animais que somos, nunca seremos a caça por vontade própria!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Quer falar mal do presidente? Pega a senha.


Não sei até que ponto posso dizer que defendo o governo Lula. Assim como TODOS os outros, tem seus altos e baixos. Mas o que quero falar é um pouco mais do que o governo em si até por que não me meto a falar sobre política. Quero falar da pessoa "Lula".

Fico impressionada com alguns comentários que vejo pela mídia. A falta de respeito que alguns jornalistas tem ao se referir a uma pessoa, principalmente sendo ela o Presidente da República. Existem dois colunistas em uma digníssima revista de alto nível (sim, odeio essa revista que todos sabem qual é) que não sabem o significado da palavra RESPEITO. Leio absurdos e mais absurdos, que vão desde linguagem inadequada a acusações sérias. Colunas recheadas de palavras grosseiras e o pior, com insinuações completamente PRECONCEITUOSAS. Leio gracinhas sobre sua origem, sobre sua escolaridade, sobre supostos vícios... coisas que as pessoas não costumam falar sobre pessoas próximas por se tratar de falta de modos.

É triste ver como um meio de comunicação permita que Jornalistas tão graduados se expressem de forma tão grosseira. Mais ainda por tratar-se de pura manipulação em que as pessoas-tão-esclarecidas comentam sem parar que ele usa o carisma para manipular o povo, quando na verdade, manipulados estão sendo eles por essa publicação tão insinuosa.

Fica aqui a minha revolta pelo preconceito existente nesse país, independente de política.

Continuo dizendo que preferia uma monarquia. Queria ver colunistinha de m*** falando mal do rei... Ah, eu queria...