Estava escuro. Tudo o que se via eram luzes. Amarelas, vermelhas e azuis. As amarelas andavam de um lado para o outro, as vermelhas piscavam e as azuis permaneciam intactas. Era como se fossem carros passando, mas os meus olhos não se abriam o suficiente para que eu conseguisse entender o que acontecia ao meu redor.
Algo quente escorria na minha cabeça, eu não via a cor, mas era quente. Provavelmente sangue. Mas, sangue? Na minha cabeça? Foi aí que me dei conta de onde estava.
Ao meu redor eu sentia muita terra e um cheiro estranho. Era como algo podre e que um tempo depois descobri ser o cheiro da morte. Tudo estava retorcido, mas nunca saberei explicar o que era o tudo naquele momento. Também descobri o motivo de não conseguir abrir os olhos: tinha terra no meu rosto. Terra junto com o líquido quente (o sangue?).
Então tentei me levantar e me dei conta de que estava embaixo de muita coisa. Afastei uns volumes que prendiam minha mão esquerda e com as duas livres, pude ir tirando todo o resto que me cobria. Eram tijolos, telhas, folhas secas... me limpei o suficiente e saí dali. A rua estava triste de se ver. Não existiam mais casas, prédios ou construção alguma. Nem a que eu estava. Estava tudo em ruínas. Tijolos, ferros, metais, vidros... todos espalhados por todos os lados.
Como era noite, a escuridão reinava. Somente aquelas luzes eram vistas e logo me dei conta de quem não se tratavam de carros. Era uma guerra. Cada vez elas aumentavam mais de intensidade e o ruído era extrondoso. Sempre acompanhados por explosões e fumaças. Mas o silêncio imperava no local. Não se ouvia uma única voz humana e passei a me perguntar se eu era a única critatura viva naquele local.
Comecei a andar e a querer procurar pessoas. Mas, ao mesmo tempo, sentia medo do que poderia encontrar por ali. A cada esquina, imagens novas. Carros completamente destruídos e virados de ponta cabeça como se fossem carrinhos de brinquedo; um ônibus virado de lado, com todas as janelas quebradas e um detalhe importante: Pude notar que as janelas tinham sido arrancadas e não quebradas. Será que os passageiros saíram de lá? Não tive coragem de ir ver e me mantive na minha caminhada.
Vez ou outra me vi interrompendo meus passos devidos as luzes que passavam. Os estrondos eram muito fortes. Doiam dentro de mim. Era como se cada bomba daquela estourasse dentro de cada órgão meu, um a um, e o efeito disso tudo era realmente bem semelhante a isso. Eu estava perdendo minhas forças, meus braços não levantavam mais, minhas pernas tremiam e minha mão que estava presa tinha um ferimento terrível. Eu não conseguia nem olhar para ela.
Chegou um momento em que andar já era uma tarefa impossível. Me encostei em um resto de muro que provavelmente era branco e que agora era marrom e faltavam diversos pedaços em sua superfície. Me peguei tentando entender o que tinha acontecido, onde estavam as pessoas, quem fez aquilo... e de repente tudo ficou branco... e eu já não estava mais ali. Estava em um lugar completamente branco e eu não estava mais suja. Nem ferida. Nem sentindo dores... E após isso, tudo sumiu.
Algo quente escorria na minha cabeça, eu não via a cor, mas era quente. Provavelmente sangue. Mas, sangue? Na minha cabeça? Foi aí que me dei conta de onde estava.
Ao meu redor eu sentia muita terra e um cheiro estranho. Era como algo podre e que um tempo depois descobri ser o cheiro da morte. Tudo estava retorcido, mas nunca saberei explicar o que era o tudo naquele momento. Também descobri o motivo de não conseguir abrir os olhos: tinha terra no meu rosto. Terra junto com o líquido quente (o sangue?).
Então tentei me levantar e me dei conta de que estava embaixo de muita coisa. Afastei uns volumes que prendiam minha mão esquerda e com as duas livres, pude ir tirando todo o resto que me cobria. Eram tijolos, telhas, folhas secas... me limpei o suficiente e saí dali. A rua estava triste de se ver. Não existiam mais casas, prédios ou construção alguma. Nem a que eu estava. Estava tudo em ruínas. Tijolos, ferros, metais, vidros... todos espalhados por todos os lados.
Como era noite, a escuridão reinava. Somente aquelas luzes eram vistas e logo me dei conta de quem não se tratavam de carros. Era uma guerra. Cada vez elas aumentavam mais de intensidade e o ruído era extrondoso. Sempre acompanhados por explosões e fumaças. Mas o silêncio imperava no local. Não se ouvia uma única voz humana e passei a me perguntar se eu era a única critatura viva naquele local.
Comecei a andar e a querer procurar pessoas. Mas, ao mesmo tempo, sentia medo do que poderia encontrar por ali. A cada esquina, imagens novas. Carros completamente destruídos e virados de ponta cabeça como se fossem carrinhos de brinquedo; um ônibus virado de lado, com todas as janelas quebradas e um detalhe importante: Pude notar que as janelas tinham sido arrancadas e não quebradas. Será que os passageiros saíram de lá? Não tive coragem de ir ver e me mantive na minha caminhada.
Vez ou outra me vi interrompendo meus passos devidos as luzes que passavam. Os estrondos eram muito fortes. Doiam dentro de mim. Era como se cada bomba daquela estourasse dentro de cada órgão meu, um a um, e o efeito disso tudo era realmente bem semelhante a isso. Eu estava perdendo minhas forças, meus braços não levantavam mais, minhas pernas tremiam e minha mão que estava presa tinha um ferimento terrível. Eu não conseguia nem olhar para ela.
Chegou um momento em que andar já era uma tarefa impossível. Me encostei em um resto de muro que provavelmente era branco e que agora era marrom e faltavam diversos pedaços em sua superfície. Me peguei tentando entender o que tinha acontecido, onde estavam as pessoas, quem fez aquilo... e de repente tudo ficou branco... e eu já não estava mais ali. Estava em um lugar completamente branco e eu não estava mais suja. Nem ferida. Nem sentindo dores... E após isso, tudo sumiu.
11 comentários:
Menina!!!!
Após um pesadelo assim, nada como "Despertar", respirar fundo e agradecer.
O texto é "real" demais e nos faz sentir tudo o que está escrito.
Um beijãozão!
Literariamente, tá beleza! Mas, o que você andou comendo na noite passada?
Bjooooooooooooo!!!!!!!!!!!
Rpxxxxxxx...
Desculpe ae, mas isso não me parece, despertar de sonho nem de pesadelo...
Parece os caras quando fumam um baseado e ficam muito doidos...
vc tá vendo luz demais...
Eu nunca tenho muitos detalhes do 'sonho' quando acordo!
Brincadeiras a parte...
bj
Passe mais tempo acordada guria.
bj.
eue nunca lembro do que sonhei ! é muito dificil lembrar.
mais se tivesse um sonho desse, preferiria não lembrar mesmo .
beijoos.
nossa, muito bem escrito!
Boa sorte na próxima noite, e pode continuar a nos contar seus devaneios que a gente gosta de ler!
Até mais!
Angustiante
sufocante
e um texto maravilhosamente escrito.
Bjos
Nossa... vc escreve mt beem!
Mas... QUE MEDO!
tenha sonhos mais tranquilos ok?!
parabens pelo o blog... te eguirei!!
bjinhos
Nossa! Me prendeu mesmo . Eu temo o dia em que vou acordar sentindo tudo isso que você descreveu, graças a busca incontrolavel por dinheiro e 'evolução' dessa 'raça' humana.
Beijos
Nossa, escreveu muito bem! Viajei lendo teu texto, por mais triste que ele seja. Ainda bem que acordou né? =)
Beijoss e boa semana ;D
Concordo com os comentários...vc escreve muito bem.
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